Por João Palomino.
O portal Vozes surge para dar sentido às relações comerciais, culturais e étnicas entre os mais de 280 milhões de pessoas que falam português
Vozes negligenciadas, apelos surdos.
Distância e diferenças culturais, artísticas, políticas, comercias.
Distância.
Historicamente, os países de língua portuguesa estabeleceram relações conforme a conveniência ideológica ou, se preferir, conforme quem estava no poder – por questões coloniais naturais.
Portugal, como agente colonizador em séculos, e mais Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, estiveram atrelados durante todo o tempo de desenvolvimento das relações comerciais e culturais. Mesmo que não do tamanho e da potencialidade que poderiam ter.
Quem se descolou da “turma” foi o Brasil. Seja pela imponência, pelo tamanho, pela força comercial ou por transformar as influências culturais em arte própria, essa terra sempre deu de ombros para conexões que fugissem ao eixo natural de sustentação da economia e do escambo comercial: Estados Unidos, China, Europa e Leste Europeu.
Os novos tempos, a nova ordem mundial, obrigam as nações a uma interrelação que fuja ao convencional, já saturado pelos constantes acordos. Vez por outra a balança pende cá ou pende lá.
E que potencial rege o novo estabelecimento de blocos. Essa junção de forças, se negociada em grupo, mostra uma unidade diferente e uma capacidade rara de gerar oportunidades.
E o Brasil está disposto a entrar neste grupo, enfim.
O solitário país sempre viu de longe as conversas avançarem, o turismo prosperar, sem tirar também proveito disso, no melhor sentido da expressão.
E ignorando um atributo inquestionável de ligação entre estes países: o idioma.
O Português é um elo indissociável, extremo, forte, que venceu o tempo, cristalizou comportamentos.
Mas o distanciamento sempre nos incomodou. Por que o Brasil, pela facilidade da língua e da capacidade de produção e exportação de recurso humano e tecnologia, atuou de forma tímida por tanto tempo, séculos até?
Por que uma locomotiva gigante e forjada a aço não toma a frente das ações com o idioma como principal forma de relacionamento entre as nações?
Claro, isso já acontece, mas de forma, repito, tímida, imperceptível.
Para isso surge o Portal Vozes, como agente agregador das nações, suas angústias e suas potencialidades, como claros organismos vivos que precisam se conectar, trocar forças, energia, experiências, não apenas vendendo serviços, mas vivenciando estes serviços.
Um bloco de interesse e propósito comum, com capacidade para negociar em nome de mais de 280 milhões de pessoas.
Sim, são mais de 280 milhões de pessoas que falam português no mundo.
E o Vozes é a primeira plataforma a buscar o elo perdido entre elas.
Vem com a gente.