Guiné-Bissau: uso mais eficaz da água

Projeto ambiental reforça agricultura e pecuária com melhor gestão de água

Da Redação.

Projeto de reforço da resiliência e da capacidade de adaptação dos setores agrário e hídrico às alterações climáticas na Guiné-Bissau é o nome deste grande projeto que o país da África Ocidental desenvolve há cinco anos financiado pelo Fundo Global do Ambiente (GEF) com apoio técnico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Uma de suas principais ações é otimizar o uso da água para melhorar a agricultura e a pecuária. Na Guiné chove muito e mesmo assim grande parte da água que cai não é aproveitada. Segundo o ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Soares Cassamá, em entrevista a RFI – Rádio França Internacional, “neste projeto, tivemos uma experiência de captação e armazenamento das águas pluviais na época das chuvas, que posteriormente serviram para a agricultura e pecuária na época da estiagem.”

Normalmente há um déficit de alimento durante a época das secas, no entanto, com as técnicas de resiliência ao clima, além da captação da água, como por exemplo, e o plantio de espécies mais resistentes tanto à seca como às fortes chuvas, “conseguimos em larga medida diminuir o tempo de penúria alimentar”, de acordo com o ministro.

Inicialmente apenas 18 tabancas (aldeias) na região de Gabu receberam as implantações do projeto, que  acabou sendo estendido para 200 tabancas chegando até Bafatá, no leste do país. Em todas elas,  o principal resultado foi a redução da falta de alimentos que afetava constantemente os habitantes destas áreas.  Atualmente o projeto alcança toda zona costeira da Guiné-Bissau que é uma das que mais sofrem com as ações climáticas.

Além das ações diretas no campo e na natureza, o projeto conta com o objetivo de constituir um quadro institucional e legal, que permita um planejamento e gestão integrada da zona costeira. Também está na mira a proteção da costa nas áreas afetadas pela erosão e o trabalho contra a degradação dos ecossistemas dos mangais.

Outro canal de ação é o fornecimento de meios de subsistência para as comunidades costeiras vulneráveis aos riscos climáticos, sobretudo de mulheres e jovens, por meio de investimento em atividades geradoras de renda.