Clubes ambientais das escolas de Moçambique

Os clubes são locais onde as crianças aprendem e colocam em prática as ações que ajudam na prevenção e mitigação de desastres

Por Redação.

Ilustração: Zozi.

Ampliar e reforçar a experiência dos clubes ambientais é uma das metas do governo moçambicano. Segundo a ministra moçambicana da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze há um esforço do governo, sendo feito através do Ministério da Educação, de garantir que matérias sobre mudanças climáticas, gestão de risco de desastres, recursos naturais e outras matérias transversais sejam integradas aos currículos.

Em entrevista a ministra ressaltou que “particularmente no ensino primário, temos uma disciplina de ciências naturais onde todas estas matérias são abordadas ao nível básico das nossas crianças. Além disso, existe uma disciplina de conteúdo local, onde dependendo das circunstâncias de cada localização, este tempo é dedicado para que as crianças aprendam sobre as características daquele local e dos problemas que lá ocorrem especificamente”, completou.

Moçambique está na região da África Austral, que vem sendo marcada pelo aumento da frequência de tempestades tropicais que assolam casas, vidas e meios de subsistência. Do ano de 2015 até 2023, como explica a ministra, “Moçambique já sofreu cerca de 11 ciclones, o que é muito para um país tão pobre, tão vulnerável e em vias de desenvolvimento como nosso. Isto tem desafiado a todos nós, aos líderes e em todos os níveis do nosso país, para que possamos, cada vez mais, melhorar a nossa capacidade de resposta para adaptarmo-nos a estes eventos extremos das mudanças climáticas”, completou.

Os clubes ambientais são grupos onde as ciranças tem a oportunidade de transformar a teoria em prática, trocando experiências sobre diferentes matérias ligadas à natureza e as questões ambientais. Estes clubes, segundo a ministra são estabelecidos em cada nível do ciclo escolar.

A conscientização com relação às questões ambientais e entender as consequências dos desastres naturais é um grande desafio a ser enfrentado pela população de Moçambique. “É preciso que esta conscientização continue a todos os níveis do currículo estudantil. Estamos a falar do ensino secundário e também do nível universitário. Já temos algumas universidades também a adicionarem cursos ligados ao ordenamento territorial, desastres e questões ambientais”, ressaltou a ministra.

Segundo a ministra o governo moçambicano promove um esforço para garantir que se crie esta consciência nas comunidades e particularmente no caso das escolas, o que se tem feito é garantir que se crie mais clubes ambientais.