Orquestra Sinfônica Nacional de Angolana vai utilizar instrumentos ancestrais
Por Redação
A OSINA, a Orquestra Sinfônica Nacional Angolana é uma orquestra formada a partir da OSIA – Orquestra Sinfônica de Angola e é uma sintese de várias outras orquestras angolanas, que são associadas à OSINA que estão neste projeto de tocar com instrumentos nacionais angolanos. A intenção deste projeto é aproximar ainda mais as pessoas, os angolanos, por meio da música.
Três destes instrumentos tradicionais angolanos que estão sendo trabalhados para entrar na composição da orquestra são: o kakoxi, a marimba e a olombendo. O kakoxi é um instrumento angolano de três cordas, que segundo explica Flávio Fonseca, um dos mentores da OSIA, é um primo do violino.
O Kakoxi é um instrumento de três cordas, que segundo Flávio, tem uma afinação muito difícilk de ser feita e ao mesmo tempo é tem um som suave. Angola é a terra da Marimba. Flávio Fonseca considera que a mmarimba não é valorizada em Angola como aconteceu em outros países, que também a utilizam. Sefgundo o diretor da OSIA o interesse é precisamente nas partituras de composição para a marimba.
Já o terceiro instrumento, a Olombendo, é a flauta dos Ambundos, povo do planalto central de Anngola. que se designa em um umbundo por Olombendo. Flávio destaca que estes três instrumentos, são instrumentos muito suaves e que, em contraste, eram tocados por povos que se dedicavam a agricultura, a pecuária, em funções muit rústicas e pesadas.
Segundo Flávio, o grande objetivo é criar música para todos e unir o país por meio da cultura e da arte. Além disso, neste momento há também a vontade de promover a constituição da história de Angola através da música com a recuperação de instrumentos tradicionais e do resgate da herança musical do país. Além desses três já estão identificado mais de 20 instrumentos. No momento o projeto está buscando apoio financeiro para o desenvolvimento.
Música com função social
“A sinfonia é também um gênero musical angolano”, afirmou Flávio Fonseca em entrevista. Segundo ele, o gênero não era vista como sendo patrimônio imaterial angolano, por isso é que sentiiram a necessidade de desdobrar a OSIA que é a orquestra sinfônica que se dedica a música clássica ocidental e a OSINA, que vai se dedicar a música erudita acadêmica angolana, africana e de descendência Africana.
A OSIA tem trabalhado a música clássica como uma hipótese de futuro e uma ferramenta de emancipação as crianças. Essa inspiração veio da troca de experiências com o “El Sistema” da Venezuela, uma rede de orquestras e coros infantis e juvenis, que vai além da formação musical dos participantes.
Assim como o El Sistema, Flávio explica que aqueles procuram a OSIA podem se aperfeiçoar em uma filosofia de integração social inclusiva. A OSIA parte do princípio de que o método de ensino artístico tem que ser profissionalizante. Para Flávio o único sistema que tinha evoluído no sentido da inclusão social e da profissionalização ao mesmo tempo era o sistema da Venezuela.
O trabalho da OSIA com as crianças é preferencialmente a nível da academia. Elas aprendem tudo lentamente e cada uma em seu próprio rítmo. Elas passam por várias experiências com os instrumentos e depois elas escolhem o instrumento que mais se identificam.
Para Flávio a música é uma plataforma de entendimento à escala Universal, não apenas à escala nacional e é precisamente essa mensagem que a OSIA e a OSINA quer passar aos angolanos, de que a música una o país.