Atualmente o país tem 40% da produção sem o uso de agrotóxicos
Por Redação.
São Tomé e Príncipe investe na agricultura 100% biológica através do projeto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação financiado pela União Europeia e a cooperação portuguesa. A ideia é fazer a transição da produção convencional para a biológica.
O projeto de apoio às fileiras agrícolas de exportação, e o PNUD são os parceiros de São Tomé e Príncipe, no processo de transformação da agricultura 100% biológica. Produção biológica é o sinônimo de proteção do ambiente e da sustentabilidade.
A segunda Edição da Feira Agrícola Biológica, realizada em setembro deste ano, foi um dos passos para o processo de transição de São Tomé e Príncipe, para atingir o objetivo definido pelo Governo de ter uma agricultura 100% biológica, sem a utilização de agrotóxicos.
40% da produção agrícola do país tem certificado biológico e é exportada para outros países.
Os horticultores da região de Monte Café são os pioneiros na promoção da horticultura biológica em São Tomé e Príncipe.
Além das hortaliças e tubérculos biológicos, a feira expôs carvão à base de casca de Côco e cola vegetal. “Nós não abatemos nenhuma árvore para fazer o carvão ecológico”, descreve o produtor Elvis Santos.
O processo de certificação do país como produtor de agricultura 100% biológica está em curso. O primeiro grupo de horticultores integrado ao projeto de produção biológica deverá receber o certificado internacional ainda neste ano. Para adquirir a certificação é preciso passar por fiscalização, seguindo regras muito rígidas.
Fileiras de exportação
O projeto das fileiras de exportação tem permitido o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, à medida em que representa um dos eixos principais da estratégia de desenvolvimento do país, promovendo a segurança alimentar e nutricional da população e o equilíbrio econômico e financeiro.
São estratégias de intervenção que proporcionam o reforço direto da produção, da qualidade, e da promoção da comercialização das culturas de exportação. Além disso, as fileiras também atuam na melhoria das condições socioeconômicas dos produtores, na sustentabilidade ambiental, na atratividade do mundo rural santomense, e na promoção da diversificação e inovação no contexto dos sistemas agroflorestais e do mercado local.
Hoje são beneficiados pelo programa 3.000 produtores das fileiras de cacau, café, pimenta e coco; 15 empreendedores rurais; 5 cooperativas e 85 associações de produtores; e 500 pessoas através de iniciativas sócio-comunitárias.