Placas e uma estátua do escultor moçambicano Frank Ntaluma serão inauguradas no Rossio
Por Redação
A presença africana na cidade de Lisboa será marcada por placas toponímicas e uma estátua que serão inauguradas no dia 13 de janeiro, no Largo de São Domingos, Rossio. A iniciativa é da Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal (BYP). O lançamento das peças será um evento de relevância histórica para a capital portuguesa, de acordo com a BYP.
O projeto, que é uma parceria entre a Batoto Yetu e a Câmara Municipal de Lisboa, com financiamento do Programa BIP/ZIP, prevê a instalação de 20 placas e da estátua dedicada a “Pai Paulino” de autoria do escultor moçambicano Frank Ntaluma.
“O evento, além de significativo a nível nacional, tem uma projeção internacional e será um marco importante na celebração da diversidade cultural e da herança africana que faz parte indelével da identidade lisboeta”, revela a BYP.
A inauguração está marcada para às 15h e conta com o apoio e colaboração de diversas entidades, incluindo o Hangar, Gabinete Estudos Olissiponenses, Jardim Botânico Tropical, e várias Juntas de Freguesia e instituições ligadas à cultura e ao patrimônio.
As placas e a estátua que serão inauguradas estão prontos desde 2020. No entanto, por causa de entraves burocráticos, não foi possível realizar o evento de lançamento.
Atuação da Batoto Yetu
A Batoto Yetu tem atuado em diversas iniciativas de valorização da cultura e da presença africana em Portugal. Este é um esforço desde 1996, quando a associação foi fundada, resgatando manifestações e práticas artísticas do continente africano e da sua diáspora.
As atividades da Batoto Yetu incluem também a investigação sobre o Fado Dançado, Visitas Guiadas aos locais de presença africana na Área Metropolitana de Lisboa e no Vale do Sado, e, mais recentemente, a parceria com a Secretaria de Estado da Igualdade e Migrações para promover a Plataforma Memória Africana Digital em Portugal.
Conforme a Batoto Yetu, o projeto das placas toponímicas e da estátua é uma homenagem e mais um passo no compromisso da BYP em preservar e promover a riqueza cultural africana em Portugal, reconhecendo a sua importância histórica e contemporânea na sociedade lisboeta.