Por João Palomino
Os recentes conflitos internacionais na Ucrânia, Rússia, Palestina, Cisjordânia e em Israel desafiam a diplomacia mundial. E, de uma certa forma, devolveram, com louvor, o protagonismo à diplomacia brasileira.
Nem mesmo a estapafúrdia, política e inumana posição americana na ONU votando contra a suspensão dos combates na Faixa de Gaza, diminuiu a justa e real intenção brasileira de interferir nos rumos de uma guerra sangrenta, covarde e inconsequente (não há guerra consequente).
O Brasil adotou tentar interferir em favor da ajuda humanitária, atendimento a feridos e retirada de quem não quer estar neste local neste momento, mas é impedido ou é mantido ali como escudo ainda mais covarde. Além, evidente, à suspensão ou término dos conflitos.
Não há dúvida histórica alguma de que o Brasil retorna ao cenário mundial maior do que quando saiu, durante o desastroso governo Bolsonaro. E retomou muito rápido o caminho de acordos comerciais, entendimentos extra ideológicos e conexão com o mundo e não apenas com parte dele.
Isso leva a crer, com relativa convicção, de que o modo educacional a ser adotado pelo mudo afora como forma de diminuir as extensas e terríveis desigualdades tem guarida nos países lusófonos.
Há uma ansiedade crescente de conexão, de consumo mútuo, de aprendizado, e há espaço significativo para tanto. Não são ligações imaginárias, pueris, ligações apenas figurativas num mundo cada vez mais de aparências e menos de empatia. São ligações concretas que podem reunir (já que nós do Portal Vozes sonhamos com isso) os países a partir do intercâmbio inteligente e efetivo de conhecimento, de educação, comercial e de artes e cultura.
Não precisa deixar para amanhã. As oportunidades estão diariamente aí colocadas e precisam ser aproveitadas pelo potencial que estes países demonstram.
Diante disso, é justo e natural crer que o país a assumir também esta liderança, assumir este protagonismo como forma de reunificar comunidades, povos e culturas a partir da língua é o Brasil.
O presidente eleito democraticamente, Luiz Inácio Lula da Silva, tem dado demonstrações inequívocas de que é capaz de assumir este papel por intermédio dos ministérios. Ficarei muito surpreso se isso não acontecer e se, ao final deste mandato, ainda estivermos falando da necessidade de conexão entre os países lusófonos.