Albertina PT é o nome do primeiro grande modelo de inteligência artificial generativa para a língua portuguesa
Por Redação, Lisboa.
O ChatGPT – chatbot online desenvolvido pela OpenAI – já dá informações em português do Brasil. No entanto, agora o Albertina PT, um modelo de Inteligência Artificial generativa, ao estilo do ChatGPT, consegue gerar textos sobre qualquer assunto em português para ambas as variantes, do Brasil e de Portugal. São esses tipos de modelos de linguagem que servem de base para toda a gama de aplicativos de IA que estão na moda, dos chatbots à tradução automática.
O Albertina PT é gratuito, desenvolvido em código aberto e de acesso universal. O programa foi criado por pesquisadores das universidades do Porto (UP) e de Lisboa (ULisboa), em Portugal. Na visão de António Branco, professor do Departamento de Informática da Ciências ULisboa e coordenador da equipe deste projeto, o Albertina é um marco histórico muito importante na preparação tecnológica da língua portuguesa para a era digital.
O Albertina “constitui um passo crucial para democratizar esta tecnologia, que deixa de estar confinada às bigtechs e aos laboratórios de investigação, e vê todo o seu potencial disponível para alavancar a criação de valor e a melhoria da vida das pessoas”, destaca António Branco.
Embora ainda não alcance o rendimento de ferramentas mais maduras, como ChatGPT, a equipe garante que o desempenho apresentado pelo programa estabelece o estado da arte para o português no que diz respeito aos modelos de linguagem neural abertos e publicados.
“Este é um marco histórico muito importante na preparação tecnológica da língua portuguesa para a era digital,” disse o professor António Branco, coordenador do projeto.
Com 900 milhões de parâmetros, o Albertina PT está à disposição de pesquisadores e desenvolvedores de organizações públicas e privadas. Isto significa que ele ainda não está instalado em um servidor que possa ser acessado, como acontece com o ChatGPT, o código todo está disponível para quem queira fazer isto.
A expectativa é que a liberação de todo o sistema em código aberto leve à ampliação do sistema e a aplicações mais prontas para uso e que possam contar com servidores capazes de atender à demanda do público.
O professor revela que os investimentos em IA apenas começaram: “Vamos continuar a desenvolver novas versões do Albertina, e vamos desenvolver outros modelos de linguagem com arquiteturas neuronais diferentes da arquitetura da Albertina, uma vez que cada um à sua maneira é mais apropriado para diferentes finalidades e condições de utilização”.