País destaca as soluções de redução de uso de combustíveis fósseis como uma das principais ferramentas para a diminuição das emissões
Por Nany Vaz, Cabo Verde, direto de Dubai
A maioria dos chineses preferem, atualmente viajar de trem elétrico de alta velocidade do que de avião, perfazendo distâncias entre 500 a 1000 quilómetros. A afirmação é do especialista chinês em soluções digitais e elétricas, Duanning Ma, Director de Digital Solutions da DAS Intellitech. um dos participantes da COP28 que decorre no Dubai.
Questionado sobre o facto da China ser um dos países que mais tem contribuído para a emissão de dióxido de carbono no mundo, derivado ao uso de combustíveis fosseis, Duanning Ma admite esse facto mas, também elenca as soluções de redução do uso de combustíveis desenvolvidas pela China e que têm sido replicadas por vários países. Isso na sequência dos dados do relatório do orçamento global do carbono divulgados, esta semana, pelo Projeto Global de Carbono, que apresenta a China no topo da lista dos países que mais dióxido de carbono tem emitido. Duanning Ma afirma que enquanto membro das Nações Unidas e um dos países que firmou o compromisso global de até 2023 reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa, a China tem efetuado várias mudanças, sobretudo no período pós pandemia.
“Veículo elétrico é a primeira das grandes mudanças, até agora. Entre 20 e 50 por cento dos carros que se encontram nas maiores cidades em China são elétricos. A segunda é o painel solar. O painel solar e o moinho de vento, porque a China é muito grande. Na parte oeste da China existem boas condições para os moinhos de vento. A tecnologia do painel solar não é apenas para suprir as demandas do mercado domestico mas, também para ser exportado para a maioria dos países no mundo. E a terceira é com certeza a construção inteligente”.
Esse especialista em soluções digitais e elétricas diz que toda construção feita atualmente na China responde os requisitos climáticos, como por exemplo, aquisição e uso de eletrodomésticos ecológicos e “em termos de alcance de quilómetros de distância por meio dos trens de alta velocidade, a China está no topo no mundo. A maioria de pessoas deixaram de viajar de avião e preferem fazer distâncias entre 500 e 1000 quilómetros nos trens de alta velocidade. Estes trens são movidos pela eletricidade e não por combustível” assegura Duanning Ma.
Dados divulgados pelo Projeto Global de Carbono, organização internacional que busca quantificar as emissões globais de gases de efeito estufa e suas causas e que envolve mais de 121 cientistas de vários países, indicam que as emissões de carbono continuam a aumentar e os combustíveis fósseis são os principais responsáveis por esse aumento. Segundo os mesmos dados a China e a India são os principais responsáveis por esse acréscimo.