Projeto foi financiado pelos fundos ambientais de Portugal e Cabo Verde
Por Nany Vaz, Cabo Verde
Até meados do proximo ano, o município de Santa Cruz no interior da ilha de Santiago, em Cabo Verde deve ter finalizado o seu Centro de Educação Ambiental. Financiado pelos fundos ambientais de Portugal e de Cabo Verde, o referido centro é vocacionado para formação das comunidades em matéria de preservação e boas práticas ambientais, assim como, para as crianças, filhos dos agricultures, pescadores e demais profissionais do sector informal local.
O projeto desse centro foi apresentado durante a COP 28 no Dubai e ao Portal Vozes a Diretora Nacional do Ambiente de Cabo Verde, Ethel Rodrigues avança que 24 comunidades do Concelho de Santa Cruz vão ser beneficiadas pelo referido projecto.
Esse centro que teve o inicio em outubro do ano passado, encontra-se na fase avançada. O seu propósito explica a Diretora Nacional do Ambiente é promover a mudança comportamental nas várias comunidades beneficiadas.
“Precisamos de mudanças, digamos assim, dentro das comunidades, a prática do dia a dia nas comunidades e que tem o seu efeito, também no ambiente. Melhorar essas práticas por forma a minizar e a mitigar os efeitos da alterações climáticas. E o centro vai atuar em três, quatro versões. Há um espaço relacionado com a formação e capacitação, há um espaço que vai ser dedicado às crianças. É tudo muito lúdico. E há um espaço, também com laboratórios e bibliotécas tudo ligado à aquilo que é a realidade do município, voltado para a preservação e cuidado com o meio ambiente.”
Diversas associações de 24 comunidades de Santa Cruz vão ser beneficiadas desse centro, cuja inauguração está prevista para meados de 2024 avança Ethel Rodrigues.
“Estava previsto para ser este ano, mas devido alguns constrangimentos com os equipamentos e algumas obras que acabaram por atrasar, vai ser só no início de 2024. Estamos a prever, o mais tardar, primeiro semestre de 2024 ter o centro equipado e fazer a inauguração. Neste momento, há equipamentos que têm que ir de fora para Cabo Verde e, por isso, há sempre um tempo em que não sabemos bem definir. Porque agora em dezembro, com a época festiva e questão da alfandega, precisamos de mais tempo que é para podermos organizar, efetivamente a inauguração” diz Ethel Rodrigues.
Fruto de um trabalho de recolha de informação sobre as necessidade locais, o Centro de Educação Ambiental vai funcionar em dois moldes, atendimento/formação presencial e através da plataforma digital, precisamente para responder a todas as localidades envolvidas, principalmente as mais encravadas.