Cabo Verde faz história no Mundial de Basquete

Tubarões azuis e angolanos disputam vaga direta para Olimpíadas de Paris 2024

Por Redação.

Betinho Gomes foi o grande destaque na vitória sobre a Venezuela. Foto: Reprodução Instagram.

Quando o cronometro do Okinawa Arena zerou, na manhã do dia 28 de agosto, um momento histórico: a primeira vitória de Cabo Verde em uma Copa do Mundo de Basquete. O jogo contra a Venezuela teve resultado apertado, 81 a 75, mas suficiente para os cabo-verdianos comemorarem mais um marco dessa geração, que pela primeira vez levou o país à competição.

O passaporte para o Mundial de 2023, sediado em Japão, Filipinas e Indonésia, entre 25 de agosto e 10 de setembro, foi garantido após os “Tubarões Azuis”, apelido da seleção masculina, ser a terceira melhor colocada nas eliminatórias africanas. Ficando à frente, por exemplo, de Senegal, que disputou as duas últimas edições do torneio.

Classificação para o Mundial veio após realizar a terceira melhor campanha nas eliminatórias africanas. Foto: FIBA

O pivô Walter “Edy” Tavares, que atua pelo Real Madrid, é o principal nome da equipe e seus feitos já o credenciam como um dos principais ídolos esportivos do país. Outro destaque é o ala Betinho Gomes, jogador do Benfica, eleito melhor na partida contra os venezuelanos e decisivo ao converter uma série de lances livres quando, no fim do segundo quarto, sua equipe perdia por 13 pontos.

Pivô Jilson Bango em ação no Mundial.

Angola, Cabo Verde e Brasil disputam vaga olímpica

Enquanto um faz sua estreia, Angola participa pela nona vez. A melhor campanha foi um décimo lugar em torneio realizado também no Japão, em 2006. Na primeira fase da Copa do Mundo de 2023, os angolanos ganharam de Filipinas, mas perderam para Itália e República Dominicana. Campanha insuficiente para ir à segunda fase. Assim como Cabo Verde, que perdeu os jogos contra Geórgia e Eslovênia.

Fora da segunda fase, o objetivo de ambas agora são as Olimpíadas de 2024, em Paris. As duas disputam uma nova fase de grupos que reúne as 16 equipes desclassificadas. Só a seleção africana mais bem colocada garantirá vaga, almejada também por Egito, Costa do Marfim e Sudão do Sul. Caso não consigam se classificar diretamente pelo Mundial ainda poderão concorrer a um lugar nos jogos por meio dos Pré-Olímpicos.

Angolanos festejam a vitória sobre as Filipinas. Foto: FIBA

Entre os países de língua portuguesa, o único que conseguiu avançar para a segunda fase foi o Brasil, com vitórias sobre Irã e Costa do Marfim e uma derrota para a Espanha. No entanto, a derrota para a Letônia na última rodada, somada a vitória do Canadá sobre a Espanha deixaram a equipe brasileira fora das quartas de final. Os brasileiros já conquistaram dois títulos mundiais: em 1959 no Chile e em 1963 em território brasileiro.

Marcelinho Huertas é referência da equipe brasileira.